Com José Arthur Albuquerque, coordenador da Emergência
Você sabe em que situações deve buscar por um atendimento de emergência? Febre persistente acima de 38º por mais de 24 horas, dores agudas com intensidade média ou forte, dificuldade para respirar ou falta de ar, dor no peito, manchas súbitas no corpo, palpitações, desmaio e dor forte no abdômen ou nas costas são sinais claros de que o paciente deve procurar um pronto atendimento com urgência. O socorro rápido após o início dos sintomas pode ajudar a garantir um desfecho favorável.
Casos como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças que lideram o número de mortes no país, estão entre as que mais exigem atendimento imediato depois do surgimento dos primeiros sintomas. No Hospital Badim, casos como esses continuam tendo prioridade absoluta no socorro. Com a inauguração do novo prédio, pacientes com quadro de IAM e AVC confirmados ainda contam com os procedimentos minimamente invasivos oferecidos pela Hemodinâmica, que diagnosticam e tratam as duas doenças.
Agora, a Emergência do Hospital Badim passou a ocupar um andar inteiro e tem capacidade para receber cerca de 5 mil pacientes por mês. A prioridade dos atendimentos segue a recomendação do Ministério da Saúde de classificação de risco. Os casos menos graves passaram a ser atendidos através de um sistema diferenciado, onde os pacientes passam por uma triagem feita pela Enfermagem e, em seguida, são direcionados ao consultório médico. Caso sejam necessários exames, medicação ou outros procedimentos, o paciente não volta para a sala de espera; é encaminhado para uma segunda avaliação com o mesmo médico que o atendeu, otimizando, com isso, a permanência no hospital.
Todos os médicos que atuam no setor são certificados em Suporte Avançado de Vida no Trauma, pelo Colégio Americano de Cirurgiões, ou em Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, pela American Heart Association. Além disso, a Emergência conta com um importante suporte de retaguarda proporcionado pelo novo Centro de Diagnóstico por Imagem, equipado com um tomógrafo com 80 canais que suporta até 310 kg – um dos mais modernos do estado – e uma ressonância magnética, pelo Centro Cirúrgico composto por seis salas com equipamentos de última geração e pelos novos leitos de CTI.
Doenças gastrointestinais lideram o ranking
Menos críticas, porém com possibilidade de agravamento quando não tratadas rapidamente, as doenças gastrointestinais lideram o número de casos que chegam à Emergência do Hospital Badim: cerca de 20% dos pacientes que dão entrada no setor recebem esse diagnóstico. Entre o outono e o inverno, as infecções das vias aéreas superiores sobem para o primeiro lugar desse ranking, chegando a 27% dos casos. Resfriado, gripe, amigdalite, faringite, otite e sinusite são as mais comuns e são transmitidas, principalmente, através das mãos e gotículas de saliva. Entre os sintomas, estão coriza, espirros frequentes, obstrução nasal, tosse, febre, dores na garganta, na face e no corpo, dificuldade para engolir, rouquidão e calafrios.
Problemas ortopédicos ocupam o terceiro lugar entre os pacientes que procuram a Emergência do Hospital Badim. Por isso, foi implantada uma área voltada para casos de trauma dentro da Emergência. Dois leitos recebem exclusivamente vítimas de atropelamento, acidentes de carro, afogamento, perfuração por projetil de arma de fogo, entre outros. “O tempo e a proficiência no atendimento a esse tipo de ocorrência são fundamentais para a manutenção da vida e para termos bons resultados”, ressalta o coordenador médico do setor, José Arthur Albuquerque.