Com Maurício Forneiro, coordenador da Clínica Médica
O Diabetes é um dos problemas de saúde mais frequentes e é a terceira causa de morte no Brasil, além de ser um dos principais motivos de amputações de membros. Quase 20 milhões de pessoas já foram diagnosticadas como diabéticas no país, a maioria mulheres, e esse número não para de crescer. Os males da vida moderna como sedentarismo, má alimentação, obesidade e tabagismo são fatores de risco importantes para o desenvolvimento do diabetes.
O diabetes é dividido em dois tipos e cada um se desenvolve de maneiras diferentes no organismo. Enquanto no tipo 1 a produção de insulina no pâncreas é insuficiente, no tipo 2 o paciente produz insulina, mas o corpo metaboliza mal a glicose, que é a principal fonte de energia do corpo. “A insulina é o hormônio que regula a glicose no sangue e é primordial para o bom funcionamento do organismo. Ter a glicose elevada pode levar a problemas no coração, artérias, rins, nervos e olhos e, em casos mais graves, causar a morte do paciente”, explica o endocrinologista e coordenador da Clínica Médica do Hospital Badim, Maurício Forneiro.
As causas dos dois tipos de Diabetes são, em geral, distintas. No tipo 1, a hereditariedade é um fator importante e a doença costuma aparecer já na infância e adolescência. No tipo 2, obesidade, falta de atividades físicas, alimentação inadequada e síndromes metabólicas, como a síndrome dos ovários policísticos nas mulheres, são os principais vilões para o surgimento do problema.
Diferenças entre os sintomas
Fome, sede e cansaço em excesso, perda de peso repentina e acelerada, mudança no hálito, vontade de urinar com frequência e visão embaçada são sintomas comuns aos dois tipos. Fraqueza, nervosismo, náusea e vômito e mudanças de humor são mais presentes no tipo 1, enquanto que no tipo 2, o mais comum entre os brasileiros e mais silencioso quanto aos sintomas, ocorrem problemas na cicatrização, infecções frequentes na bexiga, rins e pele e formigamento nos pés e nas mãos.
Diagnóstico simples
O Diabetes pode ser diagnosticado de forma muito simples, através de exame de sangue. Se houver uma alteração importante na taxa de glicemia, o médico poderá solicitar outros exames clínicos e laboratoriais como, por exemplo, o teste oral de tolerância à glicose (Curva Glicêmica), que oferece um diagnóstico preciso.
Complicações
Cada tipo de Diabetes é tratado de forma diferente e somente um endocrinologista poderá definir qual a melhor terapêutica. Vale lembrar que as complicações da doença podem ser sérias e incluem Acidente Vascular Cerebral, Infarto Agudo do Miocárdio, pé diabético (úlcera nos pés), retinopatia (problema nos olhos que pode levar à cegueira), entre outras.