Com Bruno Zawadzki, coordenador da emergência
A campanha nacional do Dia Mundial do Rim de 2020 tem como mote a prevenção da Doença Renal Crônica (DRC), além de fazer um apelo para a realização periódica do exame de creatinina. É através desse exame que os médicos conseguem diagnosticar a doença e fazer o tratamento precoce. O nefrologista e coordenador da emergência do Hospital Badim, Bruno Zawadzki, esclarece que a periodicidade da análise clínica varia conforme o histórico do paciente, sendo fundamental prestar atenção em casos já registrados na família e sinais característicos da doença.
As DRCs representam a perda progressiva e irreversível do funcionamento do rim e são classificadas em cinco estágios, definidos de acordo com a taxa de filtração glomerular. “É muito comum que em cada etapa da doença apareçam complicações relacionadas a essa perda progressiva, como a anemia, doença óssea, distúrbios eletrolíticos e de ácido base”, destaca o médico. No Brasil, a terceira idade é o grupo que apresenta maior incidência de DRC. Segundo o especialista, os idosos estão mais propensos a terem hipertensão e diabetes, que são doenças correlacionadas às DRCs.
Zawadzki acrescenta que a doença renal não gera sinais ou sintomas inicialmente. “A investigação proativa dessa condição é fundamental para um diagnóstico nos estágios iniciais e, consequentemente, melhor controle da doença. Nos estágios mais avançados, a DRC pode apresentar sintomas como anemia, adinamia (fraqueza muscular), perda de apetite, náuseas, vômitos, diminuição da diurese, entre outros”, destaca. Para os pacientes hipertensos e diabéticos, o especialista enfatiza a importância de manter o controle da glicemia. Já para os indivíduos saudáveis, basta priorizar os bons hábitos como atividades físicas diárias, alimentação adequada, evitando o excesso de sal, gordura e açúcar.