A perda do olfato e do paladar são sintomas cada vez mais presentes em casos confirmados do novo coronavírus. Embora não estejam entre os sinais clássicos – tosse, febre, cansaço e dificuldade para respirar –, as duas situações têm sido frequentemente relatadas pelos pacientes atingidos pela doença. Dados mundiais mostram que esse quadro tem afetado, principalmente, pessoas jovens e com sintomas mais leves.

No Brasil, muitos pacientes também estão apresentando esses sintomas. O otorrinolaringologista do Hospital Badim, Carlos Barone, esclarece que o quadro costuma aparecer de maneira súbita e sem obstrução nasal como acontece em um resfriado, por exemplo. Nessa entrevista, o especialista explica o que fazer ao perceber essas alterações.

– O que fazer ao perceber esses sintomas?

Carlos Barone: Como nem toda a população está sendo testada para o novo coronavírus, a recomendação do Ministério da Saúde é permanecer em quarentena. Esses são considerados sintomas leves e não é recomendado que o paciente procure um hospital. Caso o mal estar se agrave e venha acompanhado de falta de ar e febre alta que não cede aos antitérmicos, orientamos que esse paciente busque por um serviço de emergência imediatamente.

– Existe algum medicamento indicado para melhorar esse quadro?

CB: Não. Inclusive é contraindicado o uso de corticosteroides nasais e orais. Esses medicamentos só estão liberados para quem já os utiliza no tratamento de doenças crônicas.

– Depois que o paciente fica curado da doença os dois sentidos voltam?

CB: É normal que algumas infecções do trato respiratório superior causadas por vírus levem à perda temporária de olfato, mas em alguns casos isso pode se tornar permanente. O esperado é que olfato e paladar voltem ao normal em cerca de duas a três semanas, mas pode levar um pouco mais de tempo.

 

**Informe publicitário publicado no Globo Tijuca