Por Marcelo Dibo, diretor Executivo

A cada dia, novos pacientes chegam às Emergências com sintomas de Covid-19, sobrecarregando um sistema de saúde que, assim como em todo o mundo, não está suficientemente preparado para tamanha demanda. Do lado de dentro das unidades, profissionais se dedicam ao máximo, assumindo mais do que nunca o compromisso de salvar vidas. Mas como minimizar os impactos negativos dessa sobrecarga estrutural e emocional para todos os envolvidos? Gestão e organização são o caminho.

Fluxos rigorosamente definidos, equipes bem alinhadas, capacitadas e treinadas e estrutura de ponta são a tríade para a eficácia do atendimento ao paciente nesse momento. Embora não haja um protocolo totalmente fechado para casos de Covid-19, as unidades de saúde brasileiras estão se baseando nas diretrizes do Ministério da Saúde e nas experiências de países como China, Itália, Espanha e Estados Unidos no combate à doença.

Quando um paciente com suspeita de Covid-19 chega a uma Emergência, o primeiro procedimento deve ser a triagem, onde são identificados sintomas e possíveis comorbidades. Daí em diante, todo o atendimento, incluindo exames diagnósticos e internação, quando necessários, é conduzido de forma a mantê-lo isolado e seguro, preservando sua saúde e evitando a contaminação de outras pessoas.

Percebemos na prática do dia a dia que o treinamento técnico, realizado de forma constante e itinerante, também é fator determinante para a recuperação do paciente. A revisão frequente – de preferência diária – de protocolos é muito importante. Dessa forma, podemos abordar desde a conduta médica diagnóstica e terapêutica até o cuidado do corpo, em caso de confirmação do óbito. Todos da equipe multidisciplinar envolvida nesse atendimento devem ser treinados e sensibilizados sobre a importância e a técnica correta de uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Com o aumento exponencial dos casos, é importante ter em mente, de antemão, um hospital da sua confiança, que possua estrutura para serviços de alta complexidade que podem ser necessários nos casos mais graves, como Unidade de Tratamento Intensivo, centro cirúrgico, Hemodiálise e Hemodinâmica. Unidades preparadas para atender casos de Covid-19 devem também contar com médicos especialistas em Terapia Intensiva, infectologistas, pneumologistas, cardiologistas, nefrologistas e hematologistas, além de enfermeiros especializados, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e técnicos de Enfermagem. Essa equipe que ficará na linha de frente será, sem dúvida, o grande diferencial, oferecendo o melhor suporte para a plena recuperação do paciente.

**Informe publicitário publicado no Globo Tijuca