Com Pedro Badim, ortopedista
As mudanças nas relações de trabalho e nos hábitos rotineiros dos brasileiros em função da pandemia do novo coronavírus tornaram a dor nas costas, uma das queixas mais frequentes da atualidade, ainda mais famosa.
As dores nas costas ganharam um novo protagonismo com as mudanças nas relações de trabalho e nos hábitos rotineiros dos brasileiros em função da pandemia do novo coronavírus e se tornaram uma das queixas mais frequentes da atualidade. A modalidade home office e as aulas online, que apareceram como alternativas para milhares de trabalhadores e estudantes durante o isolamento social, podem representar as principais causas do agravamento de doenças ortopédicas. Aliado a isso, o sedentarismo teve a sua parcela de contribuição para um desconforto maior para esse público, que terá que conviver por um tempo prolongado com a nova rotina imposta pela quarentena.
Dor nas costas foi um dos termos mais procurados entre os meses de fevereiro, quando teve início a epidemia no país, e junho, conforme apontou uma pesquisa do Google Trends – ferramenta de estudo de tendências da plataforma. Esse cenário é analisado em uma pesquisa do Google Trends – ferramenta de estudo de tendências da plataforma – que aponta para uma elevação de 76% por informações sobre dor nas costas, entre os meses de fevereiro, quando teve início a epidemia no país, e junho. O ortopedista Pedro Badim, que atua no setor de emergências ortopédicas do Hospital Badim, salienta que a falta de mobilidade pode comprometer a saúde dos ossos e agravar doenças como a osteoporose, além de provocar perda de massa e força muscular. “Durante a quarentena, é fundamental a prática de atividades físicas mesmo dentro de casa, para ajudar a renovação óssea e fortalecer os músculos que sustentam os ossos”, explica o especialista.
No caso dos pacientes que já sofrem com a osteoporose, especialmente idosos, o médico alerta para a importância na continuidade do tratamento ambulatorial e do uso de suplementos, especialmente a vitamina D. Já para as pessoas que estão trabalhando ou estudando à distância, Pedro Badim dá recomendações importantes para evitar lesões ou agravamento de doenças ortopédicas.
Exercícios físicos são fundamentais – alongamento ajuda muito, por isso, a cada meia hora, levante para uma caminhada pela casa. Estique a coluna para evitar dores lombares e no pescoço. Aproveita para alongar os punhos, assim você minimiza o efeito do uso prolongado de mouse, que pode levar a uma tendinite ou a uma Lesão Por Esforço Repetitivo (LER), que atinge o cotovelo e mãos;
Yoga – quem gosta dessa prática pode usar à vontade, com o apoio de um colchão.
Foco na postura – lembre-se que o uso de cadeiras inadequadas e a postura errada em frente ao computador por tempo prolongado podem causar lesões ortopédicas. O quadril e os joelhos devem estar no ângulo de 90 graus e as costas toda acomodada na cadeira. Firmar os pés no chão quando estiver sentado é uma boa dica para conseguir a postura mais adequada. Os braços devem estar apoiados na mesa, para evitar qualquer tensão nos punhos. Mantenha a tela do computador na mesma altura dos olhos para evitar forçar os músculos do pescoço, para evitar dores nas costas, nos ombros e na cabeça.
Assento: opte por cadeira ergonômica, que vai te auxiliar a manter a coluna na posição correta.