Com Guilherme Cotta, cirurgião geral

Cuidado! A palavra é a mais adequada no caso de dor forte do lado direito do abdômen, na altura do umbigo, pois pode ser uma apendicite. O distúrbio acontece com a obstrução do apêndice cecal – órgão que mede de 5 a 10cm de comprimento, fica no canto inferior direito do abdome e liga-se à primeira porção do intestino grosso – em função do acúmulo de gordura ou restos fecais, levando o paciente à um quadro inflamatório ou infeccioso. Problemas gastrointestinais virais ou bacterianos podem também desencadear a apendicite aguda, cujo tratamento é cirúrgico. A apendicite pode evoluir para complicações graves, como a peritonite, que é a inflamação da mucosa que reveste a cavidade abdominal. Nesses casos, a não retirada do órgão pode representar risco de morte. O diagnóstico da doença é feito pelo médico por meio de exames clínico – palpação do abdômen – e de imagem, com uso de ultrassom e tomografia.

No caso da apendicite supurada, o órgão sofre um rompimento em consequência da inflamação. O paciente sente dor intensa e passa a correr o risco de sepse – infecção generalizada. A doença é muito comum entre 20 a 30 anos de idade, mas pode afetar pessoas de outras faixas etárias. Na infância, a apendicite pode se manifestar com inchaço ou rigidez no abdômen, além de sintomas como febre e dor intermitente. O tratamento da apendicite é cirúrgico, por meio de uma pequena incisão que quase não deixa cicatriz. Atualmente, o método cirúrgico mais moderno é a videolaparoscopia, que oferece mais segurança e conforto em comparação à cirurgia convencional.

Os sintomas mais comuns da apendicite são:
  • falta de apetite;
  • dor abdominal do lado direito do abdômen, na altura do umbigo – essa dor é contínua e vai aumentando de intensidade gradualmente;
  • problemas nos aparelhos digestivo e intestinal;
  • febre;
  • náuseas;
  • vômitos.