Com a pneumologista Simone Pinheiro Lamas

Quando ouvir a sigla DPOC, trata-se da doença pulmonar obstrutiva crônica, que causa insuficiência respiratória grave, mas a boa notícia é que ela pode ser tratada e controlada. Determinados períodos do ano e agentes externos podem desencadear um estado agudo, provocando sintomas como tosse intensa, cansaço, falta de ar, taquicardia e outras reações que levam o paciente a procurar uma emergência. “Em caso de crise mais intensa, a indicação é o paciente procurar logo a emergência, pois esse quadro aumenta o risco de morte”, alerta a pneumologista do Hospital Badim, Simone Pinheiro Lamas.

As pessoas com DPOC têm maior tendência aos resfriados, gripes ou infecções respiratórias, que podem agravar os sintomas da doença, provocando dificuldade para respirar e maior produção de catarro. Na emergência, o especialista classifica o quadro de DPOC de acordo com a gravidade e o diagnóstico é feito através dos exames de sangue, Raios X, tomografia e medindo a saturação. O tratamento indicado pelo médico é com base nos agentes que desencadearam o processo, podendo ser feito com o uso de remédios ou fisioterapia, já que não há cura para a doença. Um passo fundamental para qualquer paciente com DPOC é parar de fumar.

A médica cita alguns cuidados que são fundamentais ao paciente com DPOC:

  • Tomar os remédios nos horários prescritos pelo médico;
  • Manter em dia a carteira de vacinação contra a gripe;
  • Adotar uma dieta saudável, evitando os alimentos gordurosos e que possam levar à obesidade;
  • Praticar atividades físicas com periodicidade e de acordo com a recomendação do médico;
  • Evitar bebidas alcoólicas;
  • Manter os ambientes limpos e livres de odores fortes;
  • Manter sempre às mãos o cartão com as informações pessoais, os remédios e devidas doses, além de contatos em caso de emergência.

Dados da DPOC

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), 25% dos pacientes necessitam de hospitalização durante as crises, principalmente por causa da falta de ar e da dificuldade para respirar, sintomas que também interferem na qualidade de vida de quem sofre com o problema.

Segundo o MS, a DPOC é a terceira causa de morte no Brasil entre as doenças crônicas não transmissíveis, atingindo cerca de sete milhões de indivíduos, sendo que 70% não estão diagnosticados e 61% são fumantes e ex-fumantes que mantiveram o vício por um longo período.