Com o angiologista e cirurgião vascular Ricardo Brizzi
Uma inovação do setor de angiologia está favorecendo pacientes no tratamento cirúrgico venoso de membros inferiores. O laser tem despontado como técnica minimamente invasiva extremamente eficaz nos casos de doença nas veias safenas, diagnosticadas com alteração de fluxo em exame de Ultrassom com Doppler. Por ser capaz de proporcionar a recuperação do paciente sem a necessidade de retirada da veia safena, o método oferece vantagens como um período de recuperação menor e menos dor.
“Quando realizamos a cirurgia pelo método convencional, precisamos fazer incisões para a retirada da safena e, além dos cortes, são provocados traumas em toda a extensão da região venosa, causados pelos ramos da safena que se rompem na hora da sua retirada. Já no procedimento a laser, ao invés de retirarmos a safena, ela é isolada por meio de cauterização. Alcançamos a veia através de uma punção de poucos milímetros, guiada pelo ultrassom, por onde introduzimos uma fibra fina na região danificada e é por esse canal é emitido o laser”, explica o nosso angiologista e cirurgião vascular, Dr. Ricardo Brizzi.
Segundo o especialista, a energia projetada pelo laser promove uma reação térmica capaz de aquecer as varizes e, assim, desencadear uma reação inflamatória que leva à eliminação do vaso doente, que tem o seu fluxo sanguíneo desviado para outras veias coligadas.
Por ser minimamente invasivo, o procedimento com laser previne sintomas pós-operatórios como dor e hematomas, comuns em operações da veia safena. Poucas horas após a cirurgia, o paciente é liberado para andar e tem condições físicas de retomar as atividades normais em um período bem mais curto se comparado ao método convencional.