Com a pneumologista Simone Lamas
Pernas imobilizadas por muito tempo, como no caso de viagens longas, cirurgias demoradas, traumas, internações hospitalares por longo período são condições que podem provocar o tromboembolismo pulmonar, segundo a nossa pneumologista Simone Lamas. A especialista cita outros fatores que também podem estar associados ao problema, como o uso de anticoncepcional, de hormônios sexuais e as trombofilias, uma tendência genética para a formação de trombos.
A partir da trombose ocorre a embolia pulmonar, que é a terceira causa de morte cardiovascular do mundo, só perdendo para o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia. A embolia é caracterizada por um coágulo que obstrui ramos da circulação pulmonar, impedindo a passagem de sangue e a troca gasosa, além de sobrecarregar as funções cardíacas.
Simone Lamas explica que até 90 dias após os procedimentos cirúrgicos há possibilidade de ocorrer complicações trombóticas. “Por isso que priorizamos a avaliação de risco trombótico, pois através dele identificamos o grau de risco que o paciente apresenta para desenvolver esse problema. Quando constatamos um risco alto, indicamos ao paciente o uso de anticoagulante”, afirma.
Os sintomas do tromboembolismo pulmonar, ainda segundo a especialista, são: inchaço na perna, falta de ar, dores no peito, tosse, cansaço progressivo aos esforços. Dentre os fatores de risco, a médica destaca os hábitos e condições como o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade. “Por isso, as medidas de prevenção são fundamentais para evitar a trombose, como fazer atividades físicas regularmente, manter o controle do peso, parar de fumar e fazer uso de meias elásticas no caso de insuficiência venosa, sempre com orientação e acompanhamento médico”, afirma ela.