Com o endocrinologista Maurício Forneiro
Cerca de 23 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. A doença se caracteriza pelo desequilíbrio na produção ou absorção inadequada de insulina, hormônio que normaliza a glicose – um tipo de carboidrato – na corrente sanguínea. Com o diabetes, ocorre o aumento da glicemia, ou seja, a concentração de glicose no sangue. As altas taxas afetam o funcionamento dos órgãos vitais, sendo um fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doenças arteriais periféricas e aneurismas.
O melhor caminho é a prevenção, como aponta o coordenador clínico do nosso hospital, Maurício Forneiro, que também é mestre em Endocrinologia pela UERJ. Segundo ele, é preciso ficar atento aos sinais de possível pré-diabetes, quando o exame de sangue apresenta nível de glicose mais acentuado que o padrão ideal para não desenvolver a doença. “Embora não seja uma doença, a pré-diabetes deve ser encarada como um alerta, pois representa um risco aumentado para o diabetes mellitus tipo 2”, diz o médico.
De acordo com Forneiro, pessoas obesas, sedentárias e com histórico familiar da doença são mais propensas a desenvolver o diabetes.
Evitar o quadro de diabetes depende de mudanças de hábitos, segundo Forneiro. “Perder peso, através de alimentação equilibrada e a prática de atividade física regular, pode reduzir em 30% o risco de desenvolver a doença”. Outra possibilidade é o tratamento medicamentoso. “E claro, evitar a ingesta de açúcar, gordura e bebidas alcoólicas”, complementa, recomendando visitas regulares ao médico para o controle do índice glicêmico, pressão arterial, colesterol e gordura no sangue.