Em ambientes hospitalares, a segurança de pacientes e profissionais é primordial. Um dos aspectos cruciais é o descarte adequado de materiais utilizados em procedimentos e tratamentos. “O lixo hospitalar é considerado um resíduo de alto risco e precisa ser descartado de forma correta para não prejudicar o meio ambiente ou a saúde humana”, sinaliza nossa gerente operacional Fernanda Magalhães, responsável pelo setor Hotelaria, departamento que realiza o gerenciamento de resíduos da unidade.

Colaborador fazendo a separação em caçamba de acordo com o tipo de lixo

De acordo com a profissional, a equipe do Hospital Badim segue atenta às melhores práticas e protocolos para garantir a segurança de toda a sua comunidade. “O descarte adequado de resíduos evita acidentes biológicos, e a segregação correta facilita ações de sustentabilidade, evitando contaminação do meio ambiente”, observa.

O serviço é regido por normas e leis, como a RDC nº 222/2018, que determina que todos os estabelecimentos de saúde devem elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, seguindo a Lei nº 12.305/2010 – instituidora da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PGRSS), que estabelece diretrizes para a gestão de resíduos sólidos, incluindo os perigosos. Há ainda a Resolução da Anvisa nº 306/2004, que estabelece normas para a elaboração do Plano, com orientações para o manejo dos resíduos; e a Resolução Conama nº 358/2005, ordenadora de procedimentos para a disposição final dos resíduos de saúde.

Fernanda Magalhães: “Para garantir o cumprimento de cada orientação, todos os colaboradores passam por treinamento e capacitações cíclicas”

“Para garantir o cumprimento de cada orientação, todos os colaboradores passam, no momento da admissão, por treinamento com o departamento de educação continuada; e depois por capacitações cíclicas, de acordo com programação anual. Também são realizadas ações de conscientização da equipe sobre os tipos de resíduos e onde descartar. Há lixeiras de cores diferentes para recicláveis espalhadas nos espaços comuns e adesivos nas tampas com a descrição do que pode ser jogado no resíduo comum, diferente do infectante, e caixas coletoras próprias para perfurocortantes contaminados”, detalha Fernanda.

Os resíduos hospitalares são classificados em grupos, de acordo com o risco que representam – Grupo A (resíduos potencialmente infectantes, como bolsas de sangue contaminado), Grupo B (resíduos químicos, como medicamentos para câncer, reagentes de laboratório e substâncias para revelação de raios-X), Grupo C (resíduos radioativos), Grupo D (resíduos comuns, como gesso, luvas e papéis não contaminados), Grupo E (resíduos perfurocortantes, como agulhas e bisturis e lâminas) – e recebem tratamento diferenciado de acordo com os tipos.

Destino final

O processo de coleta de lixo hospitalar passa pelas etapas de segregação dos resíduos em abrigos separados e identificados por tipo, com uso de sacos e contêineres de cores diferentes; a posterior coleta do lixo por uma empresa especializada em horários distintos, para não haver mistura; e então o transporte dos sacos até a sede da empresa especializada que recolhe o lixo hospitalar. A seguir, é feita a esterilização dos resíduos específicos com risco biológico, a trituração dos resíduos e o descarte em aterro sanitário devidamente legalizado. “Para garantir o descarte correto, é importante que os estabelecimentos de saúde cumpram as normas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, como faz nosso Hospital”, observa a profissional.

“Estamos trabalhando para aprimorar ainda mais a execução do serviço e buscando novas empresas de coleta de recicláveis e coleta de lixos eletrônicos de modo a reduzir o impacto ambiental e receber o selo do Hospital Amigo do Meio Ambiente”, planeja.