Ele é um dos principais problemas de saúde que leva à morte, incapacitação e internação em todo o mundo. O registro de acidente vascular cerebral (AVC) tem crescido em nosso país, de acordo com o Portal da Transparência do Centro de Registro Civil do Brasil, que traz dados dos atestados de óbitos brasileiros. Os dados revelam que a mortalidade por AVC no Brasil cresceu 11,17% nos últimos cinco anos, chegando a causar a morte de cerca de 85 mil pessoas. O problema acontece quando os vasos que levam o sangue ao cérebro ficam obstruídos (AVC isquêmico) ou se rompem (AVC hemorrágico). Portanto, o melhor é prevenir, ficar atento aos sinais e sintomas e procurar ajuda médica de imediato. Quem explica melhor sobre a doença é o coordenador da equipe de Neurologia do nosso hospital, Yuri Macedo.

Yuri Macedo: “reconhecer os sintomas de AVC de forma precoce é de fundamental importância, já que quanto antes o tratamento for estabelecido, maior a chance de salvar o tecido cerebral”.
“O AVC hemorrágico se diferencia do isquêmico por conta do processo patológico que ocorre no cérebro. Enquanto no isquêmico há uma interrupção da circulação sanguínea por entupimento dos vasos. No hemorrágico há uma ruptura desses vasos. No entanto, ambos vão provocar uma perda neuronal”, diz o nosso neurologista. Segundo Macedo, é relativamente comum o AVC isquêmico se transformar em hemorrágico.
De acordo com o médico, há diversas causas que podem ocasionar um AVC. Para ele, o avançar da idade é um ponto de alerta importante. “Ao longo de nossas vidas podemos acumular fatores de risco variados, como pressão arterial mais elevada, controle glicêmico ruim, dislipidemia e sedentarismo, por exemplo”, observa. Macedo explica que essas condições vão levar a um envelhecimento vascular mais acelerado, permitindo malformações que podem gerar a ruptura dos vasos sanguíneos. “O AVC hipertensivo é um dos mais comuns”, acrescenta. “Os principais sintomas dessa condição acaba passando por déficit neurológicos hiperagudos, ou seja, quando há uma perda da função neurológica de forma abrupta, fazendo a pessoa perder a força e sua capacidade de falar de uma hora para outra e, também, a possíveis crises convulsivas devido ao sangramento intracraniano.”
O coordenador do nosso serviço de Neurologia destaca que “reconhecer os sintomas de forma precoce é de fundamental importância, já que quanto antes o tratamento for estabelecido, maior a chance de salvar o tecido cerebral, o que se dá por drenagem do hematoma, por clipagem do aneurisma, se for o caso, e através da monitorização das condições neurológicas da perfusão cerebral do paciente.” Macedo também diz que é importante conhecer o histórico familiar, já que algumas pessoas podem desenvolver um quadro de aneurisma devido as suas condições genéticas ou por nascer com má formação venosa. “A presença dessas condições indica a realização de exames, mesmo em pessoas assintomáticas”, garante.
Cuidar da saúde visitando o médico e fazendo exames regularmente ajuda envelhecer com qualidade de vida. Em casos de sintomas de AVC, o melhor é procurar um hospital com tecnologia de ponta e emergência 24 horas para casos cardiológicos, como é a infraestrutura do Hospital Badim.
6 sintomas de alerta para qualquer tipo de AVC:
- Dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente;
- Confusão mental;
- Alteração na visão;
- Alteração na fala e compreensão;
- Alteração no equilíbrio, coordenação ou ao caminhar;
- Formigamento ou fraqueza em um lado do corpo (rosto, braço ou perna).