Aproximadamente 10 milhões de pessoas no mundo sofrem com as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. No Brasil, 100 casos são registrados a cada 100 mil pessoas, como aponta estudo publicado na revista The Lancet Regional Health-Americas, que contou com a participação de 212 mil pacientes do Sistema Único de Saúde. Embora sejam crônicas, essas doenças podem ser controladas com diagnóstico precoce e tratamento adequado. “As doenças inflamatórias intestinais são multifatoriais e podem ser desencadeadas por fatores genéticos, disfunções do sistema imunológico e até condições externas e ambientais, como estresse, poluição e tabagismo”, explica o nosso gastroenterologista Rodriguo Rodrigues.

Nosso gastroenterologista Rodriguo Rodrigues alerta: “A adesão do paciente ao tratamento são indispensáveis para reduzir a inflamação e, consequentemente, o risco de câncer”
O especialista destaca que elas se manifestam através de crises e têm duração variável. “Os sintomas mais comuns dessas doenças são cólica, dor abdominal, fadiga e diarreia, que podem ser confundidos com virose. Pode ocorrer também eliminação de sangue e de muco pelo ânus. É importante o diagnóstico preciso, já que a falta dele acaba retardando o início do tratamento e aumentando o risco de complicações. Importante frisar que essas doenças não têm cura, mas podem ser controladas com o uso de medicações”, afirma. Rodrigues aponta que o tratamento é capaz de reduzir a inflamação e prevenir complicações, mas que em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica.
Diagnóstico
O diagnóstico das DIIs requer avaliação clínica detalhada e exames específicos. Além de exames de sangue e fezes, o médico pode solicitar colonoscopia com biópsia, endoscopia digestiva alta, tomografia computadorizada ou ressonância magnética do abdome, entre outros, para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da doença.
O Hospital Badim oferece uma estrutura completa para o diagnóstico das DIIs, com serviços de endoscopia digestiva e colonoscopia, além de exames laboratoriais e de imagem de alta precisão. A equipe multidisciplinar da instituição está preparada para conduzir todas as etapas da investigação e do cuidado ao paciente com suspeita ou confirmação da doença.
Sem tratamento, as doenças inflamatórias intestinais podem levar a complicações como anemia, desnutrição, dificuldade de desenvolvimento e áreas de estreitamento intestinal. “Além disso, pacientes com doença inflamatória têm risco aumentado de câncer colorretal. O acompanhamento médico contínuo e a adesão do paciente ao tratamento são indispensáveis para reduzir a inflamação e, consequentemente, o risco de câncer”, acrescenta o especialista.
Nosso especialista recomenda algumas medidas que podem ajudar na prevenção e controle das crises, como: evitar o estresse; manter alimentação equilibrada, livre de gorduras e de alimentos ultraprocessados e rica em fibras; fazer atividade física regular; controlar o peso corporal e evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.