Seja reparadora ou estética, saiba os cuidados que você precisa ter para tudo sair bem

Os números indicam: as pessoas no mundo todo buscam a perfeição e a beleza. É o que aponta a recém-divulgada Pesquisa Global Anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos 2024, da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Os dados mostram que foram realizados mais de 17,4 milhões de procedimentos cirúrgicos e 20,5 milhões de procedimentos não cirúrgicos no último ano no mundo. O Brasil é o segundo país que mais faz procedimentos do tipo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Foram cerca de 2,35 milhões de cirurgias plásticas nesse período. 

Marcos Badim, coordenador do serviço de Cirurgia Plástica: “Não é só por questões de aparência que as pessoas procuram pela especialidade. A plástica devolve a saúde, melhora a autoestima e, por tabela, ajuda na ressocialização”.

“A cirurgia plástica não está ligada apenas à estética corporal. Não é só por questões de aparência que as pessoas procuram pela especialidade. A cirurgia devolve a saúde, melhora a autoestima e, por tabela, ajuda na ressocialização. Isso porque a cirurgia plástica é também um instrumento para corrigir deformidades congênitas, reconstruir lesões decorrentes de traumas, queimadura e doenças, como o câncer, por exemplo”, diz o coordenador do nosso serviço de cirurgia plástica, o médico Marcos Badim.

De acordo com a pesquisa da ISAPS, a cirurgia de pálpebras, a lipoaspiração, o aumento de mama, correção de cicatrizes e rinoplastia foram os principais procedimentos feitos em 2024. 

Nosso cirurgião explica a diferença entre as cirurgias plásticas reconstrutivas e estéticas. “A cirurgia plástica reparadora procura corrigir defeitos congênitos ou adquiridos, por traumas, doenças ou cirurgias, que podem até ser um empecilho para realizar tarefas cotidianas, seja por questões físicas ou psicossociais. Já o objetivo da cirurgia estética é melhorar a aparência. No entanto, ambas devem ser realizadas por um cirurgião plástico titulado, já que toda cirurgia ou procedimento tem seu risco. Minimizar esse risco realizando a cirurgia ou procedimento com cirurgião plástico devidamente certificado e em local adequado aumenta a segurança para o paciente”, diz Marcos Badim. O presidente do Comitê de Comunicações da ISAPS, o cirurgião plástico Naveen Cavale, do Reino Unido, reforçou o mesmo alerta no site da instituição: “Embora seja eletiva, a cirurgia estética é uma cirurgia propriamente dita que envolve riscos e possíveis efeitos colaterais. A segurança deve ser a prioridade, e incentivamos os pacientes a escolherem um cirurgião plástico especializado, certificado, treinado e com experiência no procedimento.”

Cirurgias plásticas estéticas 

  • Abdominoplastia – retirada do excesso de pele e gordura do abdômen.
  • Bichectomia – remoção das bolsas de gordura das bochechas.
  • Blefaroplastia – redução do excesso de pele das pálpebras.
  • Lifting facial – diminui a flacidez da pele do rosto e pescoço.
  • Lipoaspiração – remoção de gordura localizada.
  • Mamoplastia – aumento, redução ou levantamento das mamas.
  • Otoplastia – correção das orelhas de abano.
  • Rinoplastia – remodelação do nariz.

 

Cirurgias plásticas reparadoras

  • Cirurgia pós-bariátrica– remoção do excesso de pele após perda de peso.
  • Reconstrução mamária – após mastectomia (devido ao câncer mama).
  • Reimplantes e reconstrução de membros após acidentes.
  • Tratamento de cicatrizes e queloides.

Cuidados

A imprensa noticia rotineiramente morte ou erros em cirurgias plásticas realizadas em todo o país, seja por artistas ou não famosos. “Normalmente, os erros são consequências de negligência na avaliação pré-cirúrgica e cirurgias feitas por profissionais ou locais inabilitados e que podem resultar em deformações, infecções, perda de pele e outras sequelas. Já os riscos são inerentes a toda e qualquer cirurgia”, diferencia o médico. Segundo ele, os principais riscos decorrentes das plásticas são as infecções, hematomas, o acúmulo de líquido (seroma), as tromboses, reações anestésicas, cicatrização inadequada e sangramentos. “Daí a importância de procurar um cirurgião com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e um hospital com boa estrutura para qualquer intercorrência”, salienta Marcos Badim.

Se você vai fazer uma cirurgia plástica, fique atento às dicas abaixo!

  • Escolha um profissional qualificado. O site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica dispõe da relação de médicos qualificados para realizar o procedimento;
  • Procure conhecer as credenciais e avaliações do médico que irá realizar o procedimento, bem como o seu tempo de experiência;
  • Agende uma primeira consulta para saber de como será a cirurgia e o pós-operatório, os riscos e qual o seu papel após a cirurgia (o sucesso do procedimento também depende dos cuidados do paciente). Verifique se o médico é transparente no diálogo: é ‘colocar na balança’ a sua expectativa e a realidade. Tudo isso vai levar você a ter confiança ou não no profissional;
  • Verifique a estrutura do local de realização de cirurgia e se tem os equipamentos necessários para eventuais intercorrências. Se possível, busque observar as condições de sanitárias;
  • Desconfie de promessas muito vantajosas, com preços muito diferenciados do mercado ou com ofertas de muitos serviços em um só dia.