No nosso hospital, o compromisso com a segurança e com a excelência no cuidado ao paciente é prioridade absoluta. E uma prova disso são dois estudos recentes realizados nas unidades de internação e nos centros de terapia intensiva (CTIs), que apontam que as medidas implementadas para garantir que os pacientes recebam a quantidade de nutrição enteral prescrita resultaram em melhorias expressivas no Indicador de Qualidade da Terapia Nutricional. Os dados mostram que a adoção de processos mais precisos e integrados aumentou a eficiência da terapia nutricional enteral administrada aos nossos pacientes. “Chegamos a um valor bem próximo de 100%. Cabe lembrar que a literatura prevê uma taxa de adequação superior a 80% e nossa meta institucional é manter acima dos 90%”, comemora a nutróloga Sabrina Guerreiro, que coordena o trabalho da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do nosso hospital.

Sabrina Guerreiro, coordenadora da nossa Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional: “A evolução do indicador reflete não apenas eficiência, mas um compromisso permanente com a segurança e a qualidade do cuidado, garantindo que cada paciente tenha acesso à terapia nutricional adequada, no momento certo e na medida exata”.
À frente da área desde 2018, a médica explica que este trabalho vem sendo ajustado e aperfeiçoado ano a ano e envolveu apoio e treinamento das equipes médica, de nutrição e de enfermagem, introdução de estratégias para aumentar a oferta efetiva da nutrição enteral prescrita para os pacientes e busca da acurácia dos registros hospitalares, além de contínua avaliação de todo o processo. A medida adotada foi tão positiva que o protocolo foi apresentado recentemente no 26o Congresso Brasileiro de Terapia Enteral e Parenteral, realizado em Brasília.
A médica atribui o sucesso do processo a uma engrenagem multiprofissional bem entrosada. A equipe médica atua na indicação precisa da necessidade de terapia nutricional enteral e no apoio às estratégias propostas. “Eu determino as mudanças dos processos e sou responsável pela avaliação dos resultados, juntamente com a equipe de nutrição, que define as necessidades individuais dos pacientes de acordo com a fase de tratamento. Também cabe à equipe de nutrição monitorar diariamente a implementação das medidas, solicitando ajustes quando necessário. Já a enfermagem é responsável pela infusão das dietas e pelo registro rigoroso dos volumes administrados”, explica Sabrina.
Apesar dos avanços, os desafios permanecem. A condição clínica variável dos pacientes exige ajustes rápidos e individualizados, enquanto a manutenção da qualidade em toda a cadeia, desde a prescrição até o registro final, depende de integração, treinamentos contínuos e monitorização rigorosa. “Com esse avanço, nosso hospital demonstra que investir em processos bem estruturados e em uma atuação multiprofissional integrada traz benefícios concretos para a assistência. A evolução do indicador reflete não apenas eficiência, mas um compromisso permanente com a segurança e a qualidade do cuidado, garantindo que cada paciente tenha acesso à terapia nutricional adequada, no momento certo e na medida exata”, conclui Sabrina Guerreiro.

