Informação e cuidado para proteger a saúde do homem

Novembro é o mês dedicado à prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens e a segunda causa de morte por tumores na população masculina, atrás apenas do câncer de pulmão. O diagnóstico precoce da doença é primordial para o sucesso do tratamento, como explica o nosso urologista Celso Dantas: “A campanha do Novembro Azul é importantíssima para alertar sobre os cuidados com a saúde do homem. Quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem índice de cura de 98%. Então é fundamental estar em dia com os exames de rotina, como sangue, urina e o toque retal, que aumentam a chance de diagnosticar precocemente a doença”. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que seis em cada dez brasileiros só procuram atendimento médico após o agravamento dos sintomas, o que reduz significativamente as chances de sucesso no tratamento.

O câncer de próstata é uma das doenças que acomete a glândula prostática e que surge, geralmente, em homens após os 50 anos. “No entanto, temos observado, recentemente, casos em pacientes mais novos, em torno de 40 e poucos anos, mesmo sem ter histórico familiar”, revela nosso urologista. Este novo perfil pode estar associado ao estilo de vida: alta ingestão de proteína animal, de comidas enlatadas, ultraprocessados, consumo de refrigerantes e tabagismo, por exemplo. “Todos esses produtos industrializados têm substâncias cancerígenas, então temos que limitar e usá-los com inteligência”, orienta.

Dantas explica que a recomendação é que o rastreamento do câncer de próstata, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, seja feito a partir dos 50 anos. Homens com história familiar e negros, que têm maior propensão a desenvolver a doença, devem iniciar o acompanhamento mais cedo, aos 45 anos.

Silencioso

O câncer de próstata não costuma apresentar sintomas na fase inicial. Quando surgem, são muito semelhantes aos causados pelo aumento benigno da próstata, comum com o envelhecimento, ou seja, dificuldade para urinar, jato fraco, urgência urinária, sangue na urina ou no esperma. “Ter esses sintomas não significa estar com câncer, mas é um sinal de que o urologista deve ser procurado para investigar o que está errado”, reforça Dantas.

Quando a doença é detectada cedo, o tratamento ‘padrão ouro’ continua sendo a cirurgia, que pode ser aberta ou por via laparoscópica. Para quem não deseja operar, a radioterapia é uma alternativa curativa, embora com taxas de controle da doença um pouco menores que a cirúrgica. Em casos específicos, pode ser indicada a vigilância ativa, com acompanhamento rigoroso com PSA, ressonância e biópsias em lesões iniciais muito pequenas. “Alguns pacientes jovens, com a doença em estágios muito iniciais e lesões muito pequenas, têm receio de perder a ereção e optam pela vigilância ativa, adiando a opção da cirurgia por alguns anos”, conta o especialista.

Nosso urologista ressalta que os casos descobertos em estágios avançados têm como objetivo controlar a doença e proporcionar qualidade de vida. “Nestas situações, o tratamento é paliativo: fazemos o bloqueio hormonal e o paciente pode ter a doença controlada por mais de 10 anos. Quando já há metástase, podem ser utilizados radiofármacos intravenosos ou até quimioterapia oral para prolongar a vida do paciente”, explica.

Todos os exames e tratamentos para o câncer de próstata são oferecidos no Hospital Badim. Para mais informações, faça contato com o nosso WhatsApp (21) 3978-6414.