Com Guilherme Cotta, cirurgião geral e bariátrico
A obesidade está na lista de doenças crônicas e, por esse motivo, o ressurgimento desse estado no período de convalescença em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica é um fenômeno mais comum do que podemos imaginar. Os motivos estão associados também às questões técnicas, metabólicas e psicológicas. Por isso, o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar no pós-operatório é considerada a medida mais importante na manutenção do bem estar e para evitar o reganho de peso.
O paciente que apresenta problemas psicológicos está mais suscetível ao reganho de peso. As fístulas tardias também podem influenciar no ganho de peso e, assim, cerca de 5 % dos pacientes operados podem entrar na estatística da recidiva da obesidade.
O paciente que tem o seu acompanhamento com uma equipe multidisciplinar compromissada com o projeto de emagrecimento sadio tem chances bem maiores de sucesso nos seus procedimentos. No Hospital Badim, os pacientes contam com o Núcleo de Tratamento da Obesidade Mórbida (Nutom), que reúne em uma única equipe: cirurgião, nutricionista, endocrinologista, clínico, fisioterapeuta e psicólogo. O automonitoramento no pós-cirúrgico é fundamental, com o controle sobre os impulsos e hábitos alimentares, tendo sempre em vista a manutenção do peso depois da cirurgia.
É normal o paciente da cirurgia bariátrica perder de 3% a 5% de peso inicial após o final do segundo ano do pós-operatório. Para o procedimento ser considerado bem sucedido é levado em conta fatores como a perda entre 30-45% do peso inicial, manter IMC (Índice de massa corpórea) entre 18-25kg/m2 e, principalmente, o acompanhamento com a equipe multidisciplinar.