Com a dermatologista Fernanda Souza

Expor a pele ao sol é quase inevitável no verão. Por isso, o uso diário do protetor solar é imprescindível, assim como manter o corpo constantemente hidratado. Nos momentos de lazer em praias e piscinas, os cuidados devem ser redobrados para prevenir as doenças de pele e as queimaduras dos raios ultravioletas (UV). Evitar o uso de maquiagem e perfume nos lugares expostos ao sol e não exagerar na exposição aos raios UV são medidas importantes para quem quer aproveitar a estação de forma saudável e não ter como herança problemas graves.

Uma das doenças ocasionadas pela exposição ao sol é o câncer de pele, que é o tumor de maior incidência no Brasil. A doença corresponde a quase 30% dos casos de câncer no país. “Nas caminhadas e entretenimentos ao ar livre, não somente o rosto deve estar protegido, mas todo o corpo precisa estar coberto com uma camada de filtro solar. O adequado é o protetor solar com fator acima de 30, que deve ser aplicado a cada quatro horas”, orienta a dermatologista do Hospital Badim, Fernanda Souza. Evitar os horários em que as radiações são mais intensas, como entre às 10h e 16h, também é essencial para prevenir o câncer de pele.

Nas praias, a circulação de animais pelas areias é o cenário perfeito para o surgimento de doenças de pele provenientes da poluição, como o bicho geográfico, conhecido como larva Migrans cutânea. A contaminação pela larva ocorre no contato direto com a areia contaminada por fezes de cachorro. “Provoca uma infecção que causa coceira e vermelhidão, formando linhas tortuosas na pele, principalmente nos pés”, explica a dermatologista.

A médica destaca ainda que a micose – infecção causada por fungo – é uma das doenças mais frequentes nesse período. “O ambiente quente e úmido da praia facilita o surgimento da micose. A doença pode se manifestar na pele como coceira, vermelhidão e descamação”, explica a especialista. A maneira de prevenir a micose, de acordo com a médica, é secar o corpo após mergulho no mar, principalmente a virilha e os pés.
E quando o banhista notar qualquer lesão na pele, a dermatologista orienta procurar logo pela ajuda médica. “Qualquer problema de saúde diagnosticado no início tem maior chance de cura e o tratamento é mais eficaz. Além disso, a automedicação nunca deve ser praticada, pois pode piorar o estado clínico”, afirma a médica.