Com o gastroenterologista Rodriguo Rodrigues

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), especialmente a colite ulcerativa e a Doença de Crohn, têm apresentado maior incidência no Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. O alerta foi lançado há poucos dias pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn, por conta da campanha Maio Roxo, de conscientização dessas enfermidades. De acordo com a Associação, os moradores dessas regiões têm maior exposição aos fatores de risco das doenças intestinais em função do ritmo de vida essencialmente urbano. Essa relação é esclarecida pelo gastroenterologista Rodriguo Rodrigues, responsável pelo acompanhamento desses casos no nosso Hospital.

Rodrigues destaca que os distúrbios gastrointestinais são multifatoriais, envolvendo desde questões genéticas até disfunções do sistema imunológico e condições externas e ambientais, como estresse, poluição e tabagismo. “Esses agentes podem agravar o estado de saúde dos portadores de doenças intestinais”, enfatiza o médico. Os sintomas clássicos das DIIs são cólica, dor abdominal e diarreia, podendo ser muitas vezes confundidos com uma virose. “Essas doenças são crônicas e podem desencadear crises, cuja duração é variável e depende de cada organismo. Além disso, a semelhança com outras doenças pode retardar o diagnóstico, aumentando o risco de o problema progredir e levar à disfuncionalidade do órgão”, diz o especialista. Rodrigues destaca que as DIIs são controladas por meio de medicações.

A qualidade de vida é o tratamento mais eficiente para as DIIs, segundo Rodrigues. “Adotar uma alimentação saudável, livre de gorduras e produtos ultraprocessados, fazer atividades físicas regulares e controlar a obesidade são medidas vitais para os portadores de distúrbios intestinais”, diz o médico. Além disso, Rodrigues destaca que o acompanhamento médico é fundamental para a manutenção da saúde do paciente. “É importante o paciente manter em dia os seus exames laboratoriais e principalmente a videocolonoscopia, que deve ser realizada com regularidade, conforme recomendação médica. Aqui no Hospital Badim, analisamos cada caso para definir a periodicidade dos exames de monitoramentos da doença”, explica o gastroenterologista.