Com a pneumologista Simone Lamas

Em novembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A data é um alerta sobre as doenças que impedem o pleno funcionamento do aparelho respiratório. As mais graves são a bronquite e o enfisema pulmonar. A situação é preocupante porque, com o passar do tempo, podem se tornar uma doença crônica, obstruindo de maneira grave as vias áreas. Por isso, o tema da campanha mundial deste ano é ‘Respirar é Vida – Agir Mais cedo’. O objetivo é alertar para a importância da saúde pulmonar, do diagnóstico e das intervenções precoces. “Quanto antes identificarmos o problema e adotarmos atitudes que previnam a doença, melhores serão as condições de saúde de quem sofre de DPOC”, alerta a pneumologista do nosso hospital, Simone Lamas.  

A médica explica que bronquite é uma inflamação nos brônquios que provoca o estreitamento das vias aéreas, comprometendo a passagem de ar. Já o enfisema pulmonar pode levar a complicações sérias nos alvéolos pulmonares, que são pequenas bolsas no trato respiratório, atuando na troca de gases entre o meio ambiente e o organismo. “O enfisema é uma doença progressiva, que pode levar a insuficiência respiratória e ao óbito. Por isso é tão importante o tratamento e a supressão do tabagismo”, diz Simone. A especialista comenta que as DPOCs têm estreita e forte relação com o hábito de fumar. “O cigarro pode afetar os pulmões de maneira silenciosa. Tudo porque a fumaça, a quantidade e o tempo que a pessoa fuma representam o grande risco para a doença se instalar de forma mais lenta, mas, dependendo do quadro, em pouco espaço de tempo pode avançar e causar danos definitivos”, salienta a especialista. 

Os principais sintomas de uma DPOC são tosse, pigarro, expectoração, cansaço, respiração rápida e ofegante e falta de ar, até mesmo em atividades simples de rotina. Para diagnosticar o problema, além da avaliação clínica do pneumologista, o especialista pode solicitar exames complementares, como de sangue, raios-x, tomografia computadorizada. “Aqui no Badim fazemos todos eles. Assim, temos condições clínicas de definir o melhor tratamento para o paciente, que pode ser medicamentoso, com reabilitação pulmonar e até cirúrgico, dependendo do quadro”, diz Simone Lamas. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é considerada a terceira causa de mortes no mundo.