Com a dermatologista Fernanda Souza

Além da hidratação, nos dias de calor extremo a pele também necessita de cuidados especiais, como viseiras ou chapéus, hidratante tópico e, principalmente, a aplicação de protetor solar. “A ausência de proteção solar representa um sério risco para a saúde da pele, contribuindo para diversas doenças, incluindo o câncer de pele, uma das formas mais prevalentes no Brasil. Seu uso diário é vital porque os raios UVA e UVB podem incidir na pele mesmo em dias nublados”, destaca a dermatologista do nosso hospital, Fernanda Souza.

Ainda em relação ao protetor solar, a médica comenta que quanto maior o fator (FPS), maior será a proteção oferecida. “O ideal é optar por produtos com FPS acima de 30 e aplicá-los na pele a cada 2 horas. Nos dias de sol intenso ou durante os banhos de mar, piscina e rios, a aplicação deve ser repetida a cada mergulho”, esclarece. 

A dermatologista destaca que cada tipo de pele demanda um protetor específico. “No caso da pele oleosa os protetores mais indicados são os livres de óleo, com textura seca e de rápida absorção porque esse tipo de pele produz muito sebo, que acaba obstruindo os poros e causando cravos e espinhas. Já na pele seca acontece o contrário, a ausência de hidratação geralmente provoca a sensação de repuxamento nas áreas mais afetadas. Por isso, indicamos os protetores mais cremosos que oferecem ação hidratante. A pele sensível é mais suscetível à agentes externos e apresenta maior frequência reações alérgicas e vermelhidão. O protetor solar para essas pessoas é ainda mais importante e os ideais são aqueles que têm em sua composição elementos calmantes e regeneradores. E a pele mista, que é a mais comum entre os brasileiros, é caracterizada pela oleosidade na testa, nariz e no queixo e ressecada nas bochechas e extremidades do rosto. Esse tipo de pele demanda um protetor solar livre de óleo e com alta cobertura”, explica. 

Nos dias mais quentes, a especialista recomenda evitar a exposição direta e prolongada ao sol e buscar sombra sempre que possível. “Além do uso dos acessórios de proteção, como o boné e os óculos escuros, prefira os horários antes das 10h e depois das 16h para se expor ao sol, mesmo assim não ultrapasse o período de 15 minutos, que é o suficiente para a produção de vitamina D”, destaca.