Com Mariana Lavandeira, enfermeira coordenadora do Escritório da Qualidade

Você sabia que existe uma data dedicada a segurança do paciente? É o Dia Nacional da Segurança do Paciente, estabelecido pelo Ministério da Saúde no dia 1o de abril, sendo este também considerado o Mês da Segurança do Paciente em todo o país. E quando se pensa em segurança em saúde, se faz relação direta com a redução de danos evitáveis aos pacientes.

Quando um paciente é admitido em uma unidade de saúde, ele não imagina quantos processos e protocolos são seguidos para proporcionar a sua segurança. E o papel dos profissionais de saúde é identificar os possíveis riscos e se antecipar para minimizar qualquer consequência, além de fazer um monitoramento visando evitar qualquer erro e, quando inevitáveis, que eles não reincidam.

No nosso hospital, levantamos essa bandeira entre os profissionais de saúde, fazendo treinamentos regulares para garantir a sua segurança. A enfermeira coordenadora do Escritório da Qualidade, Mariana Lavandeira, explica que o cuidado começa na identificação do paciente quando ele entra no hospital. “A colocação da pulseira com seu nome completo, data de nascimento e a identificação de alergia medicamentosa ou alimentar, além de pulseira que sinaliza o risco de queda, é a primeira barreira que visa diminuir os riscos relacionados ao atendimento e à condução clínica. Antes de realizar qualquer procedimento ou administração de medicamentos, a equipe de saúde verifica a identificação do paciente e a pulseira de alergia”, explica Mariana.

Mariana conta que foram implementadas práticas para melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde, garantindo que informações sobre o paciente sejam transmitidas de forma clara e precisa. “Nossos profissionais são orientados a utilizar uma linguagem acessível ao se comunicarem com os pacientes e entre si, garantindo que as informações sejam compreendidas corretamente. Quando um paciente é transferido entre diferentes setores do hospital, garantimos que as informações essenciais sejam transmitidas de forma eficaz, na transição e continuidade do cuidado”, diz a enfermeira da Qualidade.

Outro ponto importante destacado por ela é o envolvimento dos pacientes em seu próprio cuidado, garantido através da interação com a equipe multidisciplinar no conhecimento das informações a respeito dos seus procedimentos, riscos e plano terapêutico.

Um ponto que também merece destaque diz respeito ao uso e administração segura de medicamentos. “No Badim, garantimos a segurança da cadeia medicamentosa através de processos estabelecidos na prescrição e administração de medicamentos, reduzindo os riscos de erros. Os medicamentos são prescritos de forma segura, levando em consideração a condição clínica do paciente, histórico de alergias e interações medicamentosas e alimentares através da reconciliação medicamentosa. Os pacientes são monitorados regularmente para avaliar a eficácia e os efeitos colaterais. E também são orientados com informações que incluem dosagem, horários e possíveis efeitos adversos”, ressalta Mariana.

Todo esse cuidado é acrescido de um outro fundamental: a higiene das mãos. Ao lidar com o paciente, os profissionais precisam seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é a de fazer a correta higiene das mãos, com sabonete líquido ou álcool em gel, a fim de reduzir a infecção cruzada. “Realizamos monitoramento regular da adesão à higiene das mãos e fornecemos feedback aos profissionais de saúde para garantir a conformidade com as diretrizes estabelecidas. Promovemos campanhas regulares de conscientização sobre a importância da prática entre os profissionais de saúde, pacientes e visitantes. Todas essas ações aumentam a segurança do ambiente”, assegura a enfermeira da Qualidade.

Um aspecto que o paciente internado fica vulnerável é quanto ao risco de quedas, seja devido ao uso de dispositivos médicos em seu tratamento, ao calçado inadequado, de levantar-se rapidamente após muito tempo deitado, ao não acionamento do Corpo de Enfermagem através da campainha ou ao seu estado clínico e idade. “A queda pode dificultar sua mobilidade, prolongar seu tempo de internação, levar ao agravamento do quadro de saúde e levar a lesões graves e até fatais. Realizamos, diariamente, uma avaliação de risco de queda para cada paciente, considerando fatores como idade, histórico de quedas anteriores, uso de medicamentos que podem afetar o equilíbrio, entre outros. Além disso, promovemos treinamento para os colaboradores sobre medidas de prevenção de quedas, para que possam identificar o risco e minimizá-lo”, conta Mariana Lavandeira.

Ela explica que ao encaminhar um paciente para cirurgia, são adotados rigorosos protocolos antes, durante e após o ato cirúrgico, visando garantir a sua segurança em todo o procedimento. “Antes de iniciar a cirurgia, a equipe realiza uma verificação completa para confirmar a identidade do paciente, o local da cirurgia e o procedimento a ser realizado. Garantimos uma comunicação efetiva entre todos os membros da equipe cirúrgica, assegurando que todos estejam cientes dos procedimentos a serem realizados”, enfatiza.

A enfermeira coordenadora do nosso Escritório da Qualidade diz que esses são apenas alguns dos processos e protocolos adotados no hospital para a segurança do paciente. “Existem tantos outros que o paciente e seus familiares não percebem ao longo da internação, mas que são cuidados que o hospital adota para aumentar seu grau de segurança como, por exemplo, a iluminação do ambiente, a identificação dos locais, a segurança de dados sensíveis relacionados às suas condições clínicas e tantos outros. Aqui no Badim, trabalhamos pela saúde e segurança de quem nos procura”, finaliza Mariana Lavandeira.