Com a nutricionista Roberta Campos

Quando o assunto é dieta saudável é natural pensarmos em frutas, legumes, grãos e cereais ricos em nutrientes e vitaminas. Mas um ingrediente comum nesse cardápio do bem requer atenção: o agrotóxico. A boa notícia é que há formas de minimizar a quantidade e o impacto dessas substâncias na alimentação. “São medidas que vão desde a compra até o seu preparo do alimento. O importante é a conscientização e estímulo pelas alternativas seguras no consumo alimentar. Isso é imperativo para preservar a saúde das pessoas”, destaca a nossa nutricionista, Roberta Campos.

A especialista ensina como ir às compras prestando atenção em detalhes importantes para a escolha dos alimentos com menor teor de agrotóxicos e também dicas que devem ser utilizadas no preparo do alimento para deixá-los mais livres dos efeitos químicos desses produtos.  

– Atenção ao cabinho da fruta, especialmente no mamão e banana: observe a presença de uma substância clara, pois ela é sinal de agrotóxico em excesso. Retire o cabo da fruta para evitar esse problema; 

– Opte pelos produtos da estação: quando a safra está em período favorável, ocasionalmente há menor uso de agrotóxicos nas lavouras;

– Em épocas desfavoráveis às plantações, os agricultores costumam plantar hortaliças e frutas geneticamente modificadas. É bom lembrar que os transgênicos receberem maior quantidade de agrotóxicos; 

– Aparência perfeita: geralmente, o alimento com aparência perfeita, volumosos, sem manchas ou buracos, recebeu uma quantidade maior de agrotóxico;

– No preparo do alimento, coloque-o de molho em vinagre, cloro ou água sanitária, isso pode matar bactérias que estão na parte externa e também elimina alguns tipos de agrotóxicos;

– Hortifruti deve ficar de molho por 15 a 20 minutos, em uma mistura de 1 litro de água e uma colher de cloro ou de água sanitária; no caso de verduras, colocar de 50 ml a 100 ml de vinagre na água;

– Aguarde dois dias antes de consumir o produto, pois esse tempo assegura um período maior desde a aplicação da química; o morango, por exemplo, é colhido a cada três dias, mas a fruta costuma ir para as prateleiras antes do chamado “intervalo de segurança”;

– Cozinhar, ferver ou assar os alimentos sempre é uma boa alternativa, pois as temperaturas elevadas quebram as moléculas dos aditivos químicos, reduzindo os seus efeitos;

– Geralmente é recomendado retirar as cascas dos alimentos, pois elas concentram um teor maior de agrotóxicos. No entanto, em alguns casos, como o da maçã, cuja casca é rica em fibras importantes para o funcionamento do intestino e para o controle do colesterol, a recomendação é utilizar a parte externa também.